
Com a finalidade de debater políticas e projetos voltados ao cuidado e à preservação do patrimônio cultural do Tocantins, além de reunir especialistas, gestores da área e a comunidade em geral, o Governo do Tocantins abriu oficialmente a 2ª Semana do Patrimônio Cultural do Tocantins, na noite dessa segunda-feira, 18, no auditório da Fecomércio. O evento conta com a parceria do Ministério da Cultura (MinC) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A semana também ocorre em alusão ao Dia Nacional do Patrimônio, celebrado em 17 de agosto. Durante a abertura, o secretário de Estado da Cultura (Secult), Tião Pinheiro, destacou que a Semana do Patrimônio é uma oportunidade valiosa de troca entre gestores municipais e representantes dos Pontos de Cultura. Ele ressaltou os avanços do Governo do Tocantins na área cultural, incluindo a preservação do patrimônio e de bens históricos.
“Hoje[segunda-feira, 18], colhemos os resultados da recriação da Secult pelo governador Wanderlei Barbosa, encerrando um hiato de mais de 11 anos. É uma honra integrar essa missão com o Governo, a equipe da Secult e parceiros que fortalecem nossas ações por meio de capacitações. Agradecemos às instituições envolvidas, como o Iphan, e à ministra da Cultura, Margareth Menezes”, comentou Tião Pinheiro.
A secretária nacional de Articulação Federativa e Comitês de Cultura, Roberta Cristina Martins, que representou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou que o momento atual é propício ao diálogo. “Nosso patrimônio é nossa memória, esteio do Brasil. É com fé, suor, trabalho e dedicação que construímos políticas culturais guiadas pela participação social. Não cabe a nós determinar como a sociedade deve se expressar, mas sim garantir seu direito de escolha, liberdade e de viver sua cultura sem censura. O nosso poder vem da diversidade, da cultura viva, dos patrimônios que carregam nossa memória e da força coletiva que está, sim, mudando a cara do Brasil”, enfatizou.
Também presente no evento, a diretora do Departamento de Articulação, Fomento e Educação (Dafe-Iphan), Cejane Pacine Leal Muniz, representando o presidente do Iphan, Leandro Grass, falou dos avanços em âmbitos federal e estadual.
“A palavra é gratidão a todos que estão aqui e que fizeram acontecer, mostrando o potencial que o Tocantins tem. A diversidade do patrimônio do Norte foi, por muito tempo, esquecida nas políticas públicas. Agora, estamos assumindo um novo olhar, mais atento e comprometido, especialmente com os bens que não foram contemplados ao longo dos anos. Em um governo democrático que valoriza o diálogo, precisamos escutar e aprender com nossas comunidades. Ao dar voz a esses sujeitos e abrir espaço para suas narrativas, construímos uma perspectiva mais justa e inclusiva. Assim, fortalecemos a governança e damos base sólida para as políticas públicas aqui no estado”, afirmou.
Abertura
A cerimônia foi iniciada com a apresentação do grupo tocantinense Vozes de Ébano, formado pelas cantoras Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa. Houve também uma palestra ministrada pela doutora e pós-doutora em Arquivologia, Luana Campos, que abordou o temaMudanças Climáticas e Patrimônio: desafios para a preservação do patrimônio cultural no contexto do bioma Cerrado.
A apresentação discutiu os impactos das mudanças climáticas sobre os bens culturais, ressaltando vulnerabilidades específicas do Cerrado e refletindo sobre estratégias e ações necessárias para salvaguardar esse patrimônio diante das transformações ambientais em curso.
Participação
Os representantes das diversas entidades envolvidas que participaram da abertura também reforçaram a importância da Semana do Patrimônio e das discussões para as políticas de preservação.
O coordenador-geral de Articulação da Política Nacional de Cultura Viva, Leandro Anton, destacou os avanços e as metas dos Pontos de Cultura. “Há um ciclo de mobilização para o Encontro Nacional dos Pontos de Cultura, que ocorrerá em março de 2026, no Espírito Santo, com o temaPontos de Cultura, apenas os direitos”, informou. A iniciativa busca envolver diversas organizações comunitárias e artistas, refletindo sobre quem mais foi afetado e quem mais tem a contribuir.
Para o coordenador estadual do MinC no Tocantins, Cícero Belém, é essencial o envolvimento de toda a comunidade nas discussões. “Cada vez mais, neste estado e em suas cidades, estamos fortalecendo aCultura Viva, com ações que trazem informação, formação e troca de experiências com as equipes locais. Este movimento reforça o nosso compromisso com a escuta, o diálogo e a construção coletiva de políticas culturais mais justas e participativas. A presença ativa das comunidades e a valorização dos saberes locais são essenciais para seguirmos avançando”, afirmou.
O superintendente substituto do Iphan no Tocantins, Danilo Curado, lembrou que o evento busca promover interação e culminar em uma carta de recomendações na sexta-feira, 22, visando dar continuidade ao trabalho e gerar novas políticas públicas.
“Esta semana demonstra que, quando trabalhamos em conjunto - Iphan, Ministério da Cultura, Estado e municípios -, conseguimos alcançar uma envergadura muito maior do que se atuássemos isoladamente. Trabalhar de forma uníssona potencializa nossos recursos e nossas energias, ampliando o impacto das ações. É assim que conseguimos, de fato, chegar até a sociedade, ouvir suas demandas e responder com políticas públicas eficazes”, enfatizou Danilo Curado.
O professor da UFT, Bruno Barreto, representou o reitor Luís Eduardo Bovolato, e destacou que, sob a gestão da professora e pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana, foram estabelecidas parcerias que viabilizaram projetos importantes e contribuíram para o reconhecimento social da universidade, missão da extensão.
A presidente da Fundação Cultural de Palmas, Luara Aquino, ressaltou que “os bens patrimoniais requerem a mais alta proteção e preservação, considerando o espaço habitado e a influência transformadora da ação humana. A mudança depende de nossa atuação. É fundamental que a arquitetura contemple esses aspectos, compreendendo os processos climáticos que impactam o nosso cotidiano. Se não cuidarmos do clima no espaço humano, comprometeremos a nossa qualidade de vida”.
Também participaram do evento o diretor do Sistema Nacional de Cultura da Secretaria de Articulação Federativa e Comitês de Cultura do MinC, Lindivaldo Oliveira; o secretário de Estado dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), Paulo Xerente; o secretário de Estado da Igualdade Racial (Seir), Adão Francisco; representando o secretário de Estado da Juventude e Esportes (Seju), Atos Gomes, o diretor de Esportes, Mateus França; a secretária-executiva da Secult, Valéria Kurovski; o superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura da Secult, Antônio Miranda; além de equipes do MinC, do Iphan, da Secult e membros da comunidade em geral.
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