No Setembro Verde, Governo do Tocantins reforça a importância da doação de órgãos para salvar vidas

Durante aCampanha Setembro Verde, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), reforça à população tocantinense a importância da doação de órgãos, um ato que pode salvar vidas. No Tocantins, 275 pessoas aguardam por um transplante de córnea, e apenas neste ano, 47 procedimentos foram realizados no Hospital Geral de Palmas (HGP).

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Tocantins (Cetto),Tatiana Oliveira Costa destacou o trabalho desenvolvido. “A CETTO tem um papel fundamental para garantir que cada processo de doação seja conduzido com ética, transparência e agilidade. Nossa missão é transformar a dor da perda em esperança de vida, assegurando que cada oportunidade de doação possa beneficiar aqueles que aguardam na lista por um transplante. A doação de órgãos é um ato de amor e solidariedade que salva vidas, e nosso compromisso é fortalecer essa cultura junto à sociedade, ampliando cada vez mais as chances de recomeço para muitos pacientes”.

Para que a doação ocorra, é realizado um trabalho conjunto entre a coordenação das equipes de profissionais da Cetto, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e do Banco de Olhos Público do Tocantins (Boto). Essas equipes contam com o apoio fundamental dos servidores da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que atuam no Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer); da Polícia Militar do Tocantins (PMTO); da Superintendência de Trânsito e Transporte de Palmas; da Hemorrede Tocantins; e do Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO).

Serviços no Tocantins

No Tocantins, é realizada a captação de todos os órgãos e o Estado faz transplantes de córneas, que ocorre no HGP e os demais órgãos são fornecidos ao Sistema Nacional de Transplantes, para atender a demanda do estado e do país

A coordenadora do Boto, Ana Beatriz Dias explicou que, “a captação das córneas pode ser realizada em paciente doador com o coração parado ou com morte encefálica. O transplante de córnea é o procedimento cirúrgico indicado para os casos em que há alteração na transparência ou no formato da córnea e em alguns casos de infecção grave. Quem pode doar são pessoas entre 2 e 80 anos, após osimda família. Depois da captação, é feita a reconstituição de forma que não altere as características físicas do doador. Após esse procedimento, as córneas serão analisadas dentro do Banco de Olhos, onde ficam armazenadas em um líquido próprio, enquanto aguardam resultados de exames sorológicos. O transplante de córnea tem o poder de devolver a visão a inúmeras pessoas cegas, que muitas vezes esperam anos por uma chance de enxergar novamente”.

Como ser doador

Todos aqueles acima de dois anos e abaixo de 80 anos são doadores em potencial. A autorização da doação depende da família. Por isso, é importante que aqueles que desejam serem doadores avisem aos familiares e compartilhem o desejo de doar. Apenas os parentes de primeiro e segundo grau e o cônjuge são autorizados a assinar o termo de consentimento. O doador pode declarar em vida por meio de um formulário eletrônico pelo sitewww.aedo.org.br, que é recepcionado pelo cartório de notas selecionado, mas a decisão final é da família, uma vez que somente ela, legalmente, pode autorizar a doação de órgãos.

Vidas transformadas

Umadas diversas vidas transformadas com a doação de órgão foi a da Sabina Cavalcante Moura, de 86 anos, que realizou recentemente um transplante de córnea no HGP. “Antes desse transplante minha mãe sofria muito, pois perdeu a visão total e com isso ela ficou limitada de fazer qualquer coisa, as atividades dela e não podia nem andar dentro de casa, pois ela não via nada e em função disso ela caiu quebrou o pulso e passou a sofrer com depressão e estava gerando muitos problemas na vida da minha mãe em função dela não ter visão. Após o transplante minha mãe se tornou uma pessoa muito feliz”, contou a filha Irene Ribeiro Cavalcante.

“Minha mãe está bem e nunca teve nenhum problema. Minha mãe tem muita alegria e gratidão pelo órgão que recebeu e ter a vista de volta é só vitória. Com isso, somos uma família muito grata, não só a minha mãe, mas a família inteira é muito grata por saber que alguém um dia decidiu doar seu órgão e que hoje está na vida da minha mãe e de uma forma indireta na nossa vida, pois podemos viver felizes ao lado de uma pessoa que se tornou feliz novamente em poder ver e contemplar a maravilha da natureza e da família”, acrescentou Irene.

O paciente Jarmes Câmara, de 56 anos, também foi beneficiado por um transplante e córnea. “É muito importante para nós, pois temos a chance de enxergar novamente. Eu aconselho as pessoas serem doadoras de órgãos”.