
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), realiza nos dias 6 e 7 de novembro o I Seminário Estadual Políticas Públicas de Saúde e a População Negra, no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO), em Palmas. O evento integra a campanha Saúde sem Racismo e celebra o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, comemorado na última segunda-feira, 27 de outubro.
A iniciativa, promovida pelo Governo do Tocantins por meio da SES-TO em parceria com o Ministério da Saúde, a Secretaria da Igualdade Racial do Tocantins, a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem como objetivo fortalecer a equidade racial no SUS, promovendo debates e trocas de experiências sobre o enfrentamento ao racismo institucional, a qualificação do acolhimento e a disseminação de boas práticas na atenção primária e na rede hospitalar.
A programação do seminário abordará temas como racismo estrutural e a política nacional de saúde integral da população negra, letramento racial e interseccionalidade na gestão em saúde e territórios quilombolas e atenção primária, além de debates sobre agravos, assistência e o cadastro da população negra no e-SUS. As inscrições podem ser realizadas pelolink.
O secretário de Estado da Saúde, Vânio Rodrigues, reforça o papel do SUS na promoção da igualdade racial. “Hoje, mais do que nunca, é essencial reconhecer que o racismo institucional contribui para as iniquidades em saúde. Por isso, garantir a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no Tocantins é fundamental para assegurar um SUS digno, equânime e sem discriminação”, destacou.
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), instituída pela Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009, reafirma o princípio da universalidade no SUS e reconhece o racismo estrutural e as desigualdades étnico-raciais como determinantes sociais da saúde.
Segundo a enfermeira e doutora em Saúde Pública da Escola Tocantinense do SUS Dr. Gismar Gomes (ETSUS), Liana Barcelar, ainda é necessário ampliar o conhecimento sobre a PNSIPN. “Mais de uma década após sua criação, muitas pessoas desconhecem essa política. É fundamental trabalhá-la, considerando que a população negra segue sendo a mais afetada por mortes precoces, evitáveis e pela menor expectativa e qualidade de vida”, afirmou.
O coordenador do Programa Diversidade na Saúde (PDS), Francisco de Assis Neves Neto, reforçou que o enfrentamento à desigualdade étnico-racial é uma prioridade da gestão estadual. “A SES tem utilizado como base a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e também uma portaria própria que trata do Programa Diversidade na Saúde. Com os trabalhadores, temos discutido de forma educativa a desconstrução de práticas racistas no SUS, tanto nas relações entre servidores e gestores quanto na atuação dos profissionais com os pacientes”, explicou.
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) apontam que, em 2024, o Tocantins registrou 6.893 mortes por causas evitáveis, sendo 5.170 de pessoas pretas ou pardas. Em 2025, até o momento, foram 5.405 mortes evitáveis, das quais 4.047 são de pessoas que se autodeclaram pretas ou pardas, um reflexo das desigualdades ainda presentes no acesso à saúde.
Saúde Estado de São Paulo confirma segundo caso de sarampo em 2025
Saúde Saúde libera mosquitos estéreis para frear reprodução do Aedes
Saúde Um em cada 10 agentes penitenciários teve diagnóstico de depressão
Saúde SUS faz mutirão com 61 mil cirurgias e exames neste fim de semana
Tocantins Governo do Tocantins amplia a rede de proteção ao trabalhador com dois novos Centros de Referência habilitados pelo Ministério da Saúde
Tocantins Governo do Tocantins ultrapassa 15 mil cirurgias eletivas e supera meta projetada para 2025