A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) alterou de “estável” para “positiva” a perspectiva para a economia do Brasil. A S&P decidiu manter a nota de crédito soberana do país em BB-, mas a melhora na perspectiva não ocorria desde 2019. De acordo com o relatório publicado nesta quarta-feira (14), há sinais de “maior certeza” sobre as políticas fiscal e monetária, que podem beneficiar o crescimento do país
Nesse sentido, a agência afirma que o crescimento contínuo do PIB somado ao novo arcabouço fiscal podem resultar “em uma carga da dívida pública menor que o esperado”. Além disso, esse quadro contribui para a “flexibilização monetária”, sinalizando queda nos juros. A agência de risco também cita a “resiliência da estrutura institucional” do país.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, comemorou a revisão da perspectiva da nota do Brasil. “É um reconhecimento importante de que a agenda está no caminho correto”, afirmou. Segundo ele, um “ambiente econômico favorável” facilita o trabalho do governo e do Banco Central (BC).
Menos diplomático, o vice-lider do governo na Câmara, deputado Rogério Correira (PT-MG), afirmou que “aparentemente” apenas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, “não vê a melhora e quer interditar a economia brasileira com os juros altos”.