Os bastidores políticos em Brasília estão movimentados diante da possibilidade de o governador afastado, Wanderlei Barbosa, retornar ao cargo já na quarta-feira, 24 de setembro de 2025. Fontes jurídicas apontam que as chances variam entre 30% e 70%.
O caso está agora sob análise do ministro Edson Fachin, no Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é que ele identifique erros e contradições na decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que poderia restituir Barbosa ao cargo para o qual foi eleito com quase 600 mil votos, devolvendo estabilidade política ao Tocantins.
O afastamento ocorreu no âmbito da Operação Fames 19, conduzida pelo ministro Mauro Campbell, que determinou a saída do governador por 180 dias e também processou dez deputados estaduais. A decisão gerou críticas de setores políticos e jurídicos, sob o argumento de que houve tratamento desigual entre o chefe do Executivo e os parlamentares.
A defesa de Barbosa apostou na estratégia de ingressar inicialmente com um pedido de habeas corpus, o que teria levado a uma nova interpretação do caso por parte do STF.
O episódio reacende o debate sobre os limites de atuação da Justiça brasileira e a aplicação do chamado “livre convencimento” dos magistrados, que têm autonomia para interpretar a lei. Analistas apontam que, em casos anteriores, como o do ex-governador Eduardo Siqueira Campos, afastado e posteriormente reconduzido, a jurisprudência favorece a possibilidade de retorno de Barbosa.