A Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Serviços do Interior (Seasi), promoveu na manhã desta quinta-feira, 11, uma reunião entre representantes da agricultura familiar e o Banco da Amazônia. O encontro teve como foco ampliar o acesso às linhas de crédito e qualificar a produção por meio de tecnologia, unidades de referência e assistência técnica.
Na pauta, foram discutidas iniciativas de fomento, incluindo o programa Mais Mandioca, desenvolvido em parceria com a Embrapa. Os agricultores destacaram os principais entraves enfrentados no setor, como exigências de garantias, dificuldades de relacionamento com as instituições financeiras e excesso de burocracia no acesso aos serviços bancários.
A presidente da Associação dos Micro Agroindustriais de Palmas (Agrop), Aurilene Sousa, reforçou a importância do crédito para o fortalecimento do segmento. “Precisamos de apoio, principalmente no acesso a financiamentos, para ampliar a produção e industrializar alimentos como mandioca e abóbora. Assim conseguimos atender tanto o mercado institucional quanto o convencional, com produtos de qualidade e valorizando a agricultura familiar”, afirmou.
O gerente do Banco da Amazônia, Jeffter Parente, destacou o compromisso da instituição em aproximar os produtores das linhas de crédito do Pronaf. “Nossa estratégia é visitar as comunidades e atuar em conjunto com secretarias, institutos de pesquisa e cooperativas, levando informação, facilitando o acesso ao crédito, ampliando a produção e garantindo retorno aos investimentos”, explicou.
Para a presidente da Associação dos Produtores Agrofamiliares de Palmas (Aspoagro), Régila Lima, o diálogo abriu perspectivas importantes. “Esse fortalecimento virá pelo fomento ao agricultor e pela assistência técnica, que hoje são nossas maiores dificuldades. O crédito é essencial para investir nas propriedades, aumentar a produção e garantir qualidade”, ressaltou.
Segundo o secretário da Seasi, Major Negreiros, o encontro representou um marco no diálogo entre produtores e instituições financeiras. “Foi uma oportunidade inédita para que os agricultores expusessem diretamente suas demandas, em um diálogo franco com o banco, abrindo caminho para soluções conjuntas”, concluiu.
Texto: Márcio Greick e Daniel Reis
Edição: Denis Rocha