No seminário realizado na manhã desta terça-feira, 26, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), incentiva produtores tocantinenses ao plantio de florestas plantadas para atender às demandas energéticas agroindustriais.O evento contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre especialistas, produtores, pesquisadores, estudantes e representantes de instituições públicas e privadas.
Ao fazer a abertura do evento, a secretária-executiva da Seagro, Lilian Martins, fez seu pronunciamento, destacando o potencial que o estado possui para investimentos no segmento de florestas plantadas. “As florestas plantadas representam muito mais do que uma alternativa econômica, elas são respostas inteligentes aos desafios da produção agroindustrial moderna. No Tocantins, esse setor tem se mostrado essencial para o fortalecimento da cadeia produtiva da biomassa energética, oferecendo matéria-prima renovável para geração de energia térmica e elétrica, ou seja, é uma engrenagem vital para a agroindústria local, ao gerar empregos, atrair investimentos e promover inovação”, enfatizou.
Lilian Martins destacou ainda que as florestas plantadas agroenergéticas têm se mostrado fundamentais para o desenvolvimento das agroindústrias no Tocantins. “Com uma área plantada de eucalipto estimada em 100 mil hectares, há uma perspectiva promissora para instalação de usinas de etanol e milho, aumento das unidades de processamento de grãos, armazéns e secadores, o que, por sua vez, eleva a demanda por energia de biomassa na região”, complementou a secretária-executiva da Seagro.
O pesquisador da Embrapa/Florestas, Alisson Moura Santos, proferiu a palestra com o temaSilvicultura no Tocantins, desafios e perspectivas, abordando os diversos aspectos econômicos e ambientais do segmento das florestas plantadas. Fez um breve histórico do plantio silvícola no estado. “Desde 2009 a 2010, a Embrapa vem desenvolvendo ações com o Governo do Estado, com experimentos focados no eucalipto e na seringueira, justamente para atender as demandas existentes, estou apresentando as unidades de experimento que a instituição possui atualmente, mas existem os gargalos no meio do caminho, como fatores ambientais, sobrevivência, crescimento, na produtividade florestal podem ser climáticos, edáficos, fisiográficos e bióticos”, explicou o pesquisador.
Além disso, o pesquisador fez uma explanação sobre o material genético escolhido pelos produtores e a necessidade uma adequada escolha da espécie e da procedência, ou seja, no material (seminal ou clonal) a ser plantado, de acordo com sua adaptação às condições ambientais do sítio. “Além da adaptação e da produtividade, é fundamental que o material genético escolhido tenha tolerância a fatores bióticos e abióticos de importância econômica”, concluiu Alisson Moura.
Produtor
Presente no seminário, o produtor Oscar Hogensoom, do município de São Felix do Tocantins, possui plantio de eucalipto de 13 a 14 anos, em uma área de 280 hectares, no ponto de comercialização. “Acredito que é alternativa viável para o produtor, as expectativas são excelentes. Agora que a rodovia está sendo construída na região, poderemos comercializar nossas madeiras; o Tocantins e o Brasil, atualmente, já possuem excelentes materiais genéticos. O meu plantio acredito que daqui um ano esteja comercializado”, detalhou.