Os contratos “futuros” para compra de milho têm sofrido pressão de cancelamentos por parte da China em 832 mil toneladas nas últimas três semanas. O aumento da concorrência do Brasil é ressaltado pelas previsões de que o país sul-americano ultrapasse os Estados Unidos como o maior exportador deste ano, escreve agência Bloomberg.
Em março, a China começou a comprar ativamente milho, com aquisições de quase quatro milhões de toneladas anunciadas pelo governo dos EUA entre 14 de março e 14 de abril.
Entretanto, o milho estadunidense é agora menos competitivo, com suprimentos do Brasil mais baratos em cerca de US$ 30 (R$ 148,3) por tonelada para entrega no terceiro trimestre, dizem negociadores.
“A demanda por milho é realmente baixa”, disse Wang Xiaoyang, analista sênior da Sinolink Futures em Henan, uma das principais províncias produtoras de grãos. “Os produtores de ração estão usando muito trigo para substituir o milho, já que os preços [do trigo] continuam caindo”, acrescentou.
Os preços do trigo em Henan correspondem a cerca de 180 yuans (R$ 128,2) mais baixos por tonelada do que os de milho e eles podem diminuir mais assim que uma colheita abundante estiver prestes a chegar ao mercado.