
A região de Meron, no norte de Israel, foi alvo de dezenas de mísseis disparados na manhã deste sábado (6) pelo grupo xiita libanês Hezbollah. Segundo o canal Al Jazeera, o movimento islâmico teria apresentado um comunicado assumindo a autoria do ataque.
A nota afirma que foram disparados 62 mísseis contra uma base militar israelense nas proximidades de Meron, e que a ação foi uma retaliação ao assassinato de Saleh al-Arouri, um dos principais líderes do Hamas, morto na terça-feira (2) em atentado ocorrido em Beirute, capital do Líbano.
Al-Arouri era um alto funcionário do Hamas e fundador da sua ala militar, as Brigadas Al Qassam. Após o atentado, o Líbano apresentou uma queixa formal à Organização das Nações Unidas (ONU) por violação da sua soberania e integridade territorial.
Horas depois do atentado em Beirute, o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, classificou o episódio como uma “agressão flagrante” que não ficará “sem resposta ou impune”.
Naquele mesmo pronunciamento, o líder xiita fez uma alusão aos residentes do norte de Israel, afirmando que eles seriam “os primeiros a pagar o preço se este conflito (as recentes ações militares de Israel no Oriente Médio, especialmente na Faixa de Gaza) escalar”.
Embora o governo israelense não tenha reconhecido oficialmente a sua participação na ação que resultou na morte de al-Arouri, algumas decisões anunciadas dias depois davam a entender que Tel Aviv já se preparava para possíveis retaliações pelo caso.
O Hezbollah considera que o assassinato do líder do Hamas foi executado por agentes de inteligência israelenses.
O ataque foi realizado com a utilização de um drone carregado de explosivos, que atingiu o veículo onde se encontravam al-Arouri e outras três pessoas, no bairro de Mashrafiyah, região sul da capital libanesa.
As forças armadas de Israel publicaram um comunicado neste sábado reagindo à retaliação do Hezbollah. A nota reconhece que a região de Meron, que fica a cerca de 160 quilômetros ao norte da capital do país, Tel Aviv, foi atingida por mísseis, mas contenta o número afirmado pelo Hezbollah, afirmando que foram menos de 40 disparos registrados na zona.
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