
O texto final da COP 28 pode ser concluído sem uma definição para o fim gradual dos combustíveis fósseis. A 28ª edição da Conferência das Nações Unidas Contra as Mudanças Climáticas está acontecendo em Dubai e termina na terça-feira (12). No entanto, o esboço do documento divulgado no domingo (10) não cita a possibilidade de um acordo para eliminar uma das principais fontes de emissões dos gases do efeito estufa e que contribuem para as mudanças climáticas.
A transição energética e o seu financiamento estavam entre as principais expectativas das negociações da COP 28. Nesse sentido, António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu rapidez na redução dos combustíveis fósseis mais utilizados no mundo, como o petróleo, o gás e o carvão. O gestor afirmou que o apelo “não significa que todos os países devam eliminar os combustíveis fósseis ao mesmo tempo”.
Guterres ressaltou a necessidade do fundo para o financiamento da transição energética dos países mais pobres, detalhe apontado também pela ministra do Meio Ambiente da África do Sul, Barbara Creecy. “A lacuna não está relacionada à ambição, mas à questão dos meios de implementação”, disse.
“Estamos numa corrida contra o tempo”, afirmou o secretário-geral da ONU sobre as metas do Acordo de Paris. O acordo visa a redução das emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global e manter a possibilidade de aumento da temperatura em 1,5°C. Guterres afirmou que a eliminação dos combustíveis fósseis é a “única via” para retomar as metas assumidas no Acordo de Paris e atingi-las em sete anos.
“Não significa que todos os países tenham de eliminar os combustíveis fósseis ao mesmo tempo”, reforçou. “Mas que, globalmente, a eliminação tem de ser compatível com a neutralidade carbônica até 2050 e a limitação do aumento da temperatura a 1,5°”, disse.
A COP 28 ainda tem importantes negociações nesta segunda-feira (11) e no último dia da conferência na terça-feira (12). Ainda assim, o gestor da ONU já fez projeções para a COP 29 do próximo ano e para a reunião de líderes globais no Brasil, em 2025. “Os próximos dois anos serão vitais”, concluiu.
*Com informações da Agência Brasil
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