Israel e Hamas prorrogaram por dois dias a trégua nos ataques israelensescontra os palestinos na Faixa de Gaza. Apesar de relatos de que o acordo não seguiu inteiramente o cessar-fogo, ele é importante para a libertação de reféns dos dois lados. O grupo armado Hamas liberou reféns do ataque do dia 8 de outubro. Já Israel libertou palestinos sequestrados há anos – parte deles, adolescentes. O prazo inicial da trégua era de quatro dias e acabaria nesta segunda-feira (27), não fosse o avanço nas negociações.
O Hamas liberou um comunicado afirmando que o Catar, responsável pelo diálogo entre as partes, conseguiu assegurar estes dois dias adicionais de trégua em Gaza. “Foi alcançado um acordo com os irmãos no Qatar e no Egito para prolongar a trégua humanitária temporária por mais dois dias, com as mesmas condições da trégua anterior”, afirma membro do grupo armado, de acordo com informações da agência internacional Reuters.
Até o momento, Israel e o Hamas confirmaram a liberação de 58 reféns israelenses e 117 palestinos. O acordo inicial previa 50 de Israel e 150 de Gaza. A pausa também é importante para reforçar a ajuda humanitária na região. Isso porque, ao longo do último mês, Israel cercou Gaza, impedindo o acesso da população civil de itens básicos de sobrevivência.
Isso sem contar os bombardeios sucessivos em hospitais, escolas e aparelhos de entidades como Médicos sem Fronteiras e da ONU. Mais de 15 mil já morreram em Gaza, mais de 60% mulheres e crianças, além de jornalistas e trabalhadores da Saúde. Em Israel, o ataque do Hamas em outubro deixou cerca de 1.200 vítimas.
Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já ventilava o adiamento. “Esse é o nosso objetivo: manter esta pausa para além de amanhã, para que possamos continuar a ver reféns saindo e fornecer mais ajuda humanitária aos necessitados em Gaza”, disse.
Os norte-americanos são os maiores aliados de Israel. O mundo todo cobra um cessar-fogo definitivo na região, contudo, mais de uma vez, os Estados Unidos vetaram resoluções pela paz, unilateralmente, no Conselho de Segurança da ONU.