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Política CONVENCER GOLPE

Novas' mensagens mostram Forças Armadas pressionando Mauro Cid para convencer Bolsonaro de golpe

Na semana passada, vieram à tona mensagens no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, que evidenciaram a tentativa de golpe de Estado promovida pelo entorno do ex-presidente para mantê-lo no poder após a derrota nas urnas.

16/06/2023 às 14h33 Atualizada em 16/06/2023 às 14h51
Por: Redação Fonte: Sputniknewsbrasil
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 Reprodução Twitter
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Nesta sexta-feira (16), novos documentos e mensagens foram publicadas pela revista Veja e mostram não só que a tentativa de golpe foi encorajada, como uma pressão feita por membros das Forças Armadas para convencer o ex-presidente de seguir com a ação, assim como a elaboração de um roteiro para tal.

A maioria das mensagens estimulando Cid a conversar com o ex-mandatário vieram do subchefe do Estado-Maior do Exército, coronel Jean Lawand Junior, durante dezembro do ano passado.

 

"Cid, pelo amor de Deus, o homem [Bolsonaro] tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem", dizia uma mensagem.

Em outra, Junior afirmava que Bolsonaro poderia ser preso.

 

"Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara."

A Polícia Federal também encontrou um roteiro para o golpe de Estado com três páginas intitulado de "Forças Armadas como poder moderador".
O passo a passo seria Bolsonaro encaminhar um relato das inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário aos comandantes das Forças Armadas, que avaliariam os argumentos. Se concordassem, nomeariam um interventor investido de poderes absolutos. De início, ele fixaria um prazo para o "restabelecimento da ordem constitucional".
Na sequência, suspenderia decisões que considerasse inconstitucionais (a diplomação de Lula, por exemplo), afastaria preventivamente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski – que na época integravam o TSE – convocaria os substitutos Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli e abriria inquéritos para investigar as condutas de cada um dos magistrados, marcando em seguida uma data para a realização da nova eleição presidencial, relata a mídia.
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