
Para garantir a manutenção da área livre da vassoura-de-bruxa da mandioca, o Governo do Tocantins, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), está realizando uma operação preventiva de monitoramento da praga quarentenária, considerada uma ameaça severa à cultura. A ação, iniciada em novembro, ocorre em um período crucial para a fitossanidade: o início das chuvas, fase que favorece o ciclo de infecção do fungoCeratobasidium theobromae.
O levantamento abrange todas as regiões do estado e segue as diretrizes da Portaria SDA/MAPA nº 1.257/2025, que institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle da praga. O objetivo é atualizar e comprovar ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a ausência da praga em território tocantinense, assegurando segurança fitossanitária e competitividade aos produtores.
O monitoramento foi intensificado devido às condições climáticas típicas do período chuvoso, alta umidade e temperaturas elevadas, que favorecem a manifestação do fungo, independentemente da fase de desenvolvimento da planta.
O responsável técnico pelo Programa Estadual de Grandes Culturas da Adapec, Deyvid Rocha Brito, destaca que a atuação em campo é determinante para manter a proteção fitossanitária. “Nesta época do ano, conseguimos maior precisão nas inspeções, tornando o trabalho das equipes ainda mais eficaz. As atividades seguem até o fim de dezembro, podendo se estender até janeiro de 2026. Estamos em campo promovendo vigilância ativa, vistoriando as plantas e orientando o agricultor”, pontua.
Manter a mandioca livre da vassoura-de-bruxa é proteger um patrimônio da agricultura familiar. “Com atuação técnica, vigilância constante e parceria dos produtores, o Tocantins segue firme na missão de preservar seus mandiocais e assegurar que a raiz mais consumida do Brasil continue prosperando em solo tocantinense, forte, competitiva e livre de pragas”, afirma o técnico.
Dados
A importância da mandioca no Estado vai além dos números. De acordo com o IBGE (2023), o Tocantins cultivou 15.530 hectares, alcançando 242.167 toneladas de produção. Para milhares de famílias da agricultura familiar, a cultura é base econômica, social e alimentar. Manter os plantios livres da praga significa preservar renda, estabilidade e mercado.
Prevenção
A Adapec orienta que os produtores reforcem as medidas de prevenção, especialmente quanto ao trânsito de material de plantio. A recomendação é não transportar, adquirir ou introduzir ramas, manivas ou qualquer material propagativo oriundo de locais com ocorrência confirmada da praga. Em caso de suspeita, o produtor deve procurar uma unidade da Adapec ou ligar para o telefone 0800 000 4733.
Entre os principais sintomas estão o crescimento anormal de brotos; deformações que lembram uma “vassoura”; nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules; necrose vascular nas partes afetadas; com a evolução da doença, pode haver clorose, murcha e seca das folhas, morte apical e morte descendente das plantas.
A presença da vassoura-de-bruxa da mandioca já foi registrada nos estados do Amapá/AP e Pará/PA.
No Amapá/AP a vassoura-de-bruxa foi encontrada nos municípios Amapá, Calçoene, Cutias, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba e Tartarugalzinho. No Pará/PA apenas o município de Almeirim registrou a praga.
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