
O senador Renan Calheiros (MDB–AL) homenageou o escritor Graciliano Ramos, que completaria 133 anos de nascimento em 27 de outubro. Durante pronunciamento em Plenário nesta quarta-feira (29), o parlamentar destacou o legado literário e político do autor, definindo-o como “um engenheiro das palavras” e um dos maiores representantes do realismo e do modernismo no Brasil.
Renan lembrou que Graciliano, nascido em Quebrangulo (AL), viveu entre o Nordeste e a cidade do Rio de Janeiro, exercendo funções públicas e jornalísticas antes de se tornar escritor. Como prefeito de Palmeira dos Índios, produziu relatórios administrativos que já revelavam sua ironia e precisão literária, considerados o início de seu estilo conciso e realista.
O senador ressaltou que obras comoCaetés(1933) eVidas Secas(1938) retrataram com profundidade a vida no sertão nordestino e as injustiças sociais enfrentadas pelos mais pobres.
— Quem há de se esquecer do abrutalhado vaqueiro Fabiano e de Sinhá Vitória [personagens deVidas Secas]? Quem não se lembra da cadela Baleia [também personagem desse livro], cuja morte agônica é retratada pelo engenho insuperável de Graciliano Ramos?.
Ele também destacouMemórias do Cárcere(1953), em que o autor narrou sua prisão durante a ditadura de Getúlio Vargas, sem que houvesse uma acusação formal.
— Graciliano foi vítima de tortura e das injustiças de um regime autoritário. Sua obra permanece como denúncia da opressão e testemunho da dignidade humana.
Para Renan Calheiros, o legado de Graciliano Ramos “supera seu próprio tempo” e segue sendo fundamental para compreender o Brasil e a alma do povo nordestino.
—Poucos são os nomes que brilham com a intensidade e a majestade de Graciliano Ramos. Sua obra já atravessou um século e atravessará muitos outros, pela verdade e pela contemporaneidade que carrega — disse o senador.
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