
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (11), repercutiu além das fronteiras brasileiras. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, acusou a Corte de “perseguição política” e direcionou críticas duras ao ministro Alexandre de Moraes e demais magistrados.
O posicionamento norte-americano foi acompanhado por declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que, em entrevistas, insinuou possíveis retaliações internacionais caso a situação política no Brasil evolua para um cenário semelhante ao da Venezuela.
Sinais de pressão militar
Em fala à coluna de Paulo Cappelli, Eduardo Bolsonaro comentou a condenação e citou a possibilidade de o governo norte-americano recorrer a instrumentos militares para “defender a liberdade de expressão” no Brasil. Ele mencionou que, diante de um suposto ambiente de censura e perseguição, não estaria descartada a chegada de caças F-35 e navios de guerra ao país.
Para o parlamentar, a postura da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi “corajosa” e alinhada ao discurso do ex-presidente Donald Trump, que se mostrou disposto a reagir contra decisões judiciais brasileiras.
Risco de sanções econômicas
Analistas de relações internacionais avaliam que o caso pode ampliar o desgaste entre os dois países e abrir espaço para novas sanções diplomáticas e comerciais. Segundo especialistas, eventuais medidas poderiam atingir autoridades do alto escalão, restringir transações financeiras e prejudicar o fluxo de exportações em um momento de fragilidade da economia nacional.
O presidente Donald Trump já havia sinalizado hostilidade em julho, ao impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em resposta ao que classificou como “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Nesta semana, reforçou sua insatisfação ao comparar o julgamento do ex-presidente brasileiro aos próprios processos judiciais que enfrenta nos EUA.
Lei Magnitsky em debate
Em entrevista à agência Reuters, Eduardo Bolsonaro sugeriu que os ministros do STF que votaram pela condenação poderiam ser alvo de medidas previstas na Lei Magnitsky — legislação americana que autoriza sanções contra estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. O deputado destacou que o dispositivo já havia sido usado pelo governo Trump contra Alexandre de Moraes, relator do processo.
O desfecho da condenação, portanto, não apenas intensifica as divisões políticas internas, mas também expõe o Brasil a um cenário de maior tensão diplomática com os Estados Unidos, combinando riscos militares, econômicos e institucionais.
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