O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou em pronunciamento nesta segunda-feira (9) que o Brasil vive uma crise nacional de segurança pública, com altos índices de violência e falta de articulação entre os estados. Segundo ele, a morte do jovem Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, durante uma festa junina no Rio de Janeiro, expõe a gravidade da situação
— O que está acontecendo com o nosso país? O Brasil está sangrando. Está adoecido por uma crise que parece sem fim. A crise da segurança pública já não é mais um problema localizado. Ela é nacional, ela é estrutural, ela é profunda. Cada dia traz uma nova tragédia. Cada noticiário é um retrato do caos, famílias inteiras carregando um medo silencioso, uma tristeza profunda. Vidas são perdidas, sonhos são sepultados junto com jovens, que tinham toda a vida pela frente — disse.
O senador criticou a ausência de um sistema integrado de segurança que conecte as unidades da federação. O parlamentar disse que os estados agem isoladamente, o que enfraquece o combate ao crime e ressaltou que não há troca de dados nem coordenação eficiente. Para ele, essa desorganização contribui para o avanço de milícias, facções e da corrupção dentro das instituições públicas.
Confúcio defendeu a criação de uma nova política nacional de segurança, com quatro eixos principais: valorização e qualificação das polícias, enfrentamento ao crime organizado com uso de inteligência, políticas de prevenção voltadas para jovens e proteção dos direitos humanos.
>— Não é criminalizando a polícia que resolveremos isso, nem fingindo que o problema não existe. Precisamos de equilíbrio, de compromisso, de humanidade. Não podemos mais normalizar o inaceitável. Não podemos perder mais vidas, não podemos perder o Brasil. É hora de reconstruirmos juntos um país onde a paz volte a ser possível, onde a justiça caminhe ao lado da compaixão, onde o Estado sirva ao povo e não o abandone — declarou.