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Unidades de Conservação do Tocantins iniciam temporada de queimas prescritas

Ação controlada e planejada busca prevenir incêndios florestais de grandes proporções

22/05/2025 às 12h16
Por: Redação Fonte: Secom Tocantins
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Equipe em ação realiza queima prescrita no Parque Estadual do Jalapão: ação preventiva e técnica para evitar incêndios descontrolados - Foto: Alessandro Machado/Governo do Tocantins
Equipe em ação realiza queima prescrita no Parque Estadual do Jalapão: ação preventiva e técnica para evitar incêndios descontrolados - Foto: Alessandro Machado/Governo do Tocantins

As Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo Governo do Estado, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), iniciaram a temporada 2025 de queimas prescritas, uma prática essencial de prevenção e controle de incêndios florestais. A ação faz parte da estratégia do Manejo Integrado do Fogo (MIF), metodologia que alia ciência, tradição e gestão comunitária do fogo.

Nesta semana, as equipes do Parque Estadual do Lajeado (PEL), do Parque Estadual do Cantão (PEC) e do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) deram início aos trabalhos, dada as condições climáticas seguras para executar a queima controlada.

A meta é realizar queimas prescritas em todas as Unidades de Conservação do Tocantins ao longo da temporada. “Tradicionalmente, o Naturatins inicia esse diálogo com as comunidades já em abril, mês em que também começamos as queimas preventivas. O Jalapão, por exemplo, apresenta condições ideais mais cedo, e depois as ações se expandem para outras UCs conforme o clima permite. A janela ideal para a realização dessas queimas vai de abril até o fim de junho”, explica a diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas (DBAP), Perla Ribeiro.

Além do trabalho em solo, o uso de helicóptero será ampliado nesta temporada para facilitar o acesso a áreas mais remotas e de difícil alcance.

As queimas prescritas são conduzidas com rigor técnico e ocorrem apenas sob condições climáticas específicas — como temperatura, umidade relativa do ar e velocidade dos ventos — para garantir segurança e eficácia. A ação não deve ser confundida com incêndios criminosos ou acidentais, pois trata-se de um procedimento planejado, com autorização legal e objetivos de conservação ambiental.

O planejamento é feito em conjunto com as comunidades locais, respeitando os saberes tradicionais ligados ao uso do fogo para agricultura, pecuária e extrativismo. As reuniões participativas, que iniciaram em abril, fazem parte do Manejo Integrado do Fogo de Base Comunitária (MIFBC), que valoriza o envolvimento e o conhecimento das populações que vivem dentro ou no entorno das UCs.

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