
A comunidade do Projeto de Assentamento (PA) Canaã recebeu nessa sexta-feira, 9, a oficina de produção de óleo de coco babaçu, iniciativa que reuniu mulheres agroextrativistas da região para mais uma etapa do fortalecimento da cadeia produtiva do coco babaçu no Tocantins. Com apoio do Governo do Tocantins, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), da Prefeitura de Araguacema, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Turismo e Cultura, e da Associação das Mulheres Agroextrativistas da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão (AMA Cantão), a oficina marca um novo capítulo na valorização dos saberes tradicionais e na geração de renda para as famílias locais.
Realizada na residência da comunitária Luciana Gonçalves de Sousa, a atividade contou com a participação ativa de mulheres do núcleo Araguacema da associação. As participantes seguiram um processo que envolve diversas etapas: coleta do coco, quebra, extração e partilha do óleo. “É um aprendizado coletivo. Depois cada uma pode tirar o óleo em casa e transformar em alimento ou produto de renda. A natureza nos oferece de graça, e nós transformamos com nosso trabalho”, destacou Maria Januária de Jesus, associada há 11 anos e uma das lideranças locais.
A oficina também foi um momento de memória e homenagem. “Nós resgatamos o conhecimento da Mãe Dona, a Maria Xeringueira, que nos ensinou a fazer esse óleo com dedicação e respeito à natureza. Tudo começou com ela e com a saudosa Chiquinha, do Ruraltins. O que fazemos hoje tem raízes nessas mulheres”, completou Maria Januária.
A oficina contou com o suporte logístico do Naturatins, incluindo transporte, apoio técnico e mobilização. A gestão municipal contribuiu com alimentação, combustível e articulação local. “Estamos privilegiadas com essas parcerias. Sozinhas, seria muito difícil realizar esse trabalho. A união das equipes do Naturatins e da Secretaria de Meio Ambiente nos fortalece”, declarou Eliane de Oliveira.
A servidora do Naturatins, Hellen Moreira Santana, ressaltou que o objetivo do projeto é mais amplo do que a extração do óleo. “Estamos fomentando práticas sustentáveis, fortalecendo a cultura local e preparando as comunidades para comercializar seus produtos em eventos como a Agrotins. É sobre empoderamento, autonomia e sustentabilidade”, declarou.
Além do impacto econômico, a oficina reforça o papel central das mulheres na conservação dos recursos naturais. “A maior parte das integrantes da associação é formada por mulheres de comunidades rurais. Elas têm conhecimento, força e sabedoria. O babaçu é símbolo dessa resistência e oportunidade”, informou a servidora do Instituto.
Com o conhecimento disseminado na oficina, aexpectativa agora é que mais famílias possam produzir o óleo em casa, ampliando sua autonomia e a renda doméstica. O óleo de coco babaçu é valorizado tanto para uso culinário quanto cosmético, o que abre portas para novos mercados e conexões com políticas públicas de apoio à sociobiodiversidade.
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